Foi um dia de muita animação e diversão.
Confira:
O professor José de Paula Santos, História do ensino fundamental II, aproveitou a data do 20 de novembro, para discutir com os alunos do 9ºE o tema das “Cotas Raciais”, debate importante da sociedade brasileira e que acabou dividindo a turma em pessoas favoráveis e contrárias. Além das informações e dos debates, assistimos um vídeo, o documentário RAÇA HUMANA, da TV Câmara, que trata do debate das cotas raciais na Universidade de Brasília e os alunos produziram artigos de opinião com a sua posição sobre o assunto. Abaixo segue dois textos de alunos favoráveis às cotas raciais.
“Eu concordo com o sistema de cotas raciais, as pessoas falam que não concordam porque todos têm direitos iguais, mas não era isso que as pessoas pensavam na época da escravidão.
Esse sistema, no meu ponto de vista, é para tentar consertar o que as pessoas da época da escravidão faziam com os negros escravizados, mas quando houve a abolição, eles foram libertados mas não deram estudos e oportunidades para melhorarem de vida.
Muitas pessoas que são contra as cotas não tem argumentos para dizer porque são contra. Por isso sou a favor das cotas, porque não vejo motivos de ser contra.”
Alan Paulo, 9ºE.
“Eu sou a favor das cotas raciais, veja bem, porque o Brasil é um país misto, de várias raças misturadas, mais que ainda existe preconceito com as pessoas negras, e como as cotas, vai ser um meio de diminuir a diferença entre as pessoas, vai ser um modo de conhecer e aceitar um ao outro.
Na lei diz que somos iguais independentemente de cor ou de raça, e com as cotas os negros vão estudar e ter um futuro igual a uma pessoa branca, e ter um lugar no mundo, é uma alternativa para diminuir as desigualdades sociais.
Hoje no Brasil a população negra é a maior, mais também a mais pobre com as cotas essas pessoas vão arrumar emprego e ter uma vida cada vez melhor.
Pense se a cota vai prejudicar alguém? É só um modo justo, assim o racismo vai diminuir e teremos um país sem preconceito.”
Dayana Claúdia da Silva Pereira, 9ºE.
Consciência Negra
A consciência negra tem que ser muito pesada, pois que tem acontecido foi muito triste e desprezar a raça negra é estar excluindo a nós mesmo.
Os portugueses iam à África roubavam os negros e levavam para o Brasil, em navio negreiros ficando 3 meses, onde muitos não agüentavam e morriam. Os escravos ficaram sem luz, pouca comida e água, alem de não saber se comunicar com os portugueses. Ainda bem que acabou a escravidão, por que tudo mundo é igual por dentro.
Valter Valério da Silva Júnior,
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Betyna.
Até pouco tempo atrás os negros eram vistos na sociedade como pessoas vazias e sem sentimentos. De um tempo para cá, isso vem mudando e hoje temos leis sobre racismo, e cotas raciais em faculdades. Tudo isso não significa que o preconceito não é mais presente em nossa sociedade.
Algumas pessoas ainda vêem os negros como escravos e se acha donos deles, é como se eles fossem animais selvagens.
Ainda hoje os negros são escravos, mas não dos brancos ou amarelos, mas deles mesmo e assim eles se escravizão em suas formas de pensar e acreditam que seja a melhor, e assim acham incapazes de entrar em faculdades, de ter um bom emprego ou até mesmo serem donos de uma empresa, ficam se bloqueando e vivendo numa vida de miséria.
Isso não pode mais acontecer, pois muitos negros influenciaram a historia do mundo.
João Marcos.
Em 20 de novembro comemora-se o dia da consciência negra que atualmente é feriado em algumas cidades brasileiras. Os africanos escravizados se refugiavam nas matas e formavam agrupamentos parecidos com alguns reinos da África. O maior deles, o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, teve Zumbi como seu grande líder.
Muitos costumes, tradições e religiões dos povos da áfrica se mantiveram no Brasil graças aos quilombos.
Eram os negros da terra, assim conhecidos nos primeiros séculos após a chegada dos portugueses principalmente na região de São Paulo.
No Brasil, no início do descobrimento, os povos daqui eram chamados de negros, por não serem brancos que aqui transitavam e por lembrarem os africanos já conhecidos daqueles povos.
Maria Paula – 4º ano E
Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade.
A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares.
Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste.
Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje.
Você conhece o Museu Afro Brasil?
O Museu Afro Brasil é um museu histórico, artístico e etnológico, voltado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural do negro no Brasil. Localiza-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no "Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega" – edifício integrante do conjunto arquitetônico do parque projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950. Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria Municipal de Cultura e administrada por uma organização da sociedade civil.
Acesse o link e saiba mais: http://www.museuafrobrasil.org.br/
No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, devido ao aumento das fugas dos escravos.
Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco não realizava, não tinham condições dignas de vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários dava o direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
Mas Princesa Isabel foi a responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, dando aos mesmos o direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.
O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não ter condições de se sustentar.
O dia da consciência negra também é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade, além de temas como mercado de trabalho, discriminação política, moda e beleza negra, etnias, homenagens a negros que se destacaram.
Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutirem e trabalharem para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.
Retrato da discriminação e Zumbi – líder do quilombo
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante a nossa história nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca.
Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais.
Agora temos a valorização de um LÍDER NEGRO ZUMBI DOS PALMARES, em nossa história e, esperamos que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Professora Flauzina - 5º ano H