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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Teatro: "O Homem Célebre"

É um conto ambientado no Rio de Janeiro de 1875 e tem como protagonista, Pestana, um homem famoso e rico, compositor de polcas. Mas apesar da fama, Pestana odeia suas músicas, porque seu verdadeiro sonho é criar uma peça clássica, uma sonata. Pestana busca inspiração em Mozart e Beethoven, mas quando começa a tocar, compõe sempre uma polca, e esta acaba fazendo grande sucesso. A insatisfação de Pestana leva-o à falência, a ponto de desfazer-se de seus bens para pagar dívidas. Fama e prestígio não garantem a Pestana uma vida feliz, porque ele persegue um ideal de perfeição que não alcança e acaba em desequilíbrio.



Machado de Assis fala da essência humana, da aniquilação dos sonhos, do sentimento da impossibilidade, onde o homem é forçado a abandonar um ideal para viver no mundo das aparências, numa sociedade dominada pelo capitalismo.



Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839, faleceu no Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908. Foi romancista, cronista, crítico literário, teatrólogo. Filho do mulato Francisco Manuel José de Assis, pintor de paredes e descendente de escravos alforriados e de Maria Leopoldina Machado, uma lavadeira açoriana da Ilha de São Miguel. Machado de Assis era canhoto, epiléticos e gagos. Ficou órfão muito cedo. Não freqüentou a escola regular, mas em 1851, com a morte do pai, sua madrasta era doceira e Machado tornou-se vendedor de doces. Provavelmente ia à escola quando não estava trabalhando. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do país, ainda muito jovem. Aprendeu francês, inglês e alemão. Sempre como autodidata. De origem humilde, Machado, aos 15 anos de idade, em 1855, estreou na literatura com a publicação do poema “Ela”. Atuava nos jornais da época como cronista, contista, poeta e crítico literário, tornando-se respeitado como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista. Como romancista, suas obras estão divididas em duas(2) fases: 1ª Fase: Seus livros são de caráter romântico, marcados pelas obras: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), helena (1876) e Taiá Garcia (1878), além das coletâneas de contos: Contos fluminenses (1870) e outros. 2ª Fase: Em 1881 abandona o romantismo da 1ª fase e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o início do Realismo no Brasil (1881). Nessa 2ª fase suas obras tinham caráter realista, tendo como características: a introspecção, o humor e o pessimismo com relação à essência do homem e seu relacionamento com o mundo. Obras principais dessa 2ª fase: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904),memorial de Aires (1908), além das coletâneas de contos: Papéis Avulsos (1882) e outros. É considerado por muitos o maior escritor brasileiro de todos os tempos e um dos maiores escritores do mundo, enquanto romancista e contista. Destacou-se mundialmente no romance e no conto, segundo os críticos. É o melhor escritor negro da literatura ocidental, ao lado de clássicos como Dante, Shakespeare e Cervantes. Seus romances e contos têm sido adaptados para a televisão, o teatro e o cinema.

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